Neymar: Mesmo longe do que pode apresentar, o santista foi o destaque brasileiro ontem
(foto: sportv.globo.com)
A partida começou com a seleção brasileira com mais posse de bola, mas sem conseguir encontrar espaços para furar a defesa adversária. A Bielorrússia marcava com duas linhas de quatro, bloqueando as investidas pelas laterais do Brasil, e apostava numa rápida saída de bola comandada pelo brasileiro naturalizado bielorrusso Renan Bressan, atleta do BATE Borisov, para acionar o atacante Kornilenko, sempre pela direita para aproveitar os espaços deixados por Marcelo.
E a seleção europeia surpreendeu e aos 8 minutos do primeiro tempo, após boa troca de passes pela direita, Kozlov cruzou na área e Bressan apareceu livre no meio da defesa brasileira pra cabecear no canto e abrir o placar pra Bielorrússia. O Brasil, porém, chegou ao empate logo depois, aos 14, após cruzamento de Neymar para cabeçada de Alexandre Pato. Essa viria a ser a única grande participação do atacante do Milan no jogo.
O jogo continuou truncado, com o Brasil esbarrando na marcação adversária. Contribuiu para isso o fato das trocas de posições entre Oscar, Hulk e Neymar que ocorreram contra o Egito não existirem dessa vez. Neymar ficava na esquerda, Hulk na direita e Oscar no centro. Nenhum dos três estava em bom dia e a seleção não conseguia produzir. Assim terminou o primeiro tempo.
Na etapa final, a partida ia sendo uma repetição do primeiro tempo, com o Brasil com maior posse de bola, mas sem conseguir levar muito perigo por causa da marcação bielorrussa. Até que aos 20, Neymar sofreu falta. Ele mesmo bateu e colocou a bola no ângulo de Gutor, marcando um belo gol. O jogo começou a ficar mais aberto, com a Bielorrússia atacando mais e assustando o Brasil, cuja defesa, com exceção de Thiago Silva, não se mostra sólida.
Mano Menezes colocou Ganso no lugar de Sandro e Lucas no lugar de Pato, com Hulk indo para o centro do ataque, mas estes pouco acrescentaram. Com mais espaços, Neymar se soltou, e aos 48, fez grande jogada e tocou de calcanhar pra Oscar bater no alto, sem chances pro goleiro. Golaço do Brasil, 3 a 1 e final de jogo logo depois.
Com a eliminação da Espanha e a derrota do Uruguai, além da classificação antecipada, o Brasil agora é alçado à condição de grande favorito das Olimpíadas. Um time competitivo, que vem fazendo os resultados e ainda pode melhorar bastante. Contra a Nova Zelândia, já classificado, algumas modificações poderiam ser feitas, como Bruno Uvini na vaga do inseguro Juan, Danilo no lugar do discreto Sandro, Ganso no lugar de Oscar, que precisa descansar, já que jogou os dois jogos, e Lucas na vaga de Pato ou Damião com Hulk deslocado para o centro do ataque. Embora não seja a posição de origem do atacante do Porto, ele tem força física e capacidade de carregar a bola e fazer um pivô, além de ser muito mais participativo. O Brasil ainda pode e precisa melhorar, mas vem demostrando força na busca pelo tão sonhado ouro olímpico.